Resumo Sons da alfabetização no Brasil Império:



Todos sabem o que realmente é o processo de alfabetização?
 
Segundo a professora e pesquisadora Magda Soares da Universidade Federal de Minas Gerais, alfabetização é a capacidade do indivíduo dominar a técnica da escrita, saber os símbolos alfabéticos, modos de leitura e outras habilidades necessárias para escrever e ler.

Nesse sentido, a alfabetização dos cidadãos é extremamente essencial para promover o desenvolvimento individual de cada um, como também o da própria nação, por isso, suas taxas são analisadas e contribuem para a avaliação dos países nos cenários internacionais por meio do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).

Infelizmente, no Brasil a porcentagem de pessoas com mais de 15 anos analfabetas é de 6,6%, ou seja 11 milhões de brasileiros os quais não conseguem adentrar no mundo da escrita e leitura (PNAD Contínua, 2019). Isso é muito limitante para o ser humano no século XXI, pois as letras estão presentes na maioria das formas de comunicação dos sujeitos em diversas áreas, logo, ser alfabetizado e letrado é de grande relevância para a vivência cotidiana. 

Pensando nessa demanda, os governos elaboram documentos oficiais para estimular e direcionar os processos de alfabetização nos países, no Brasil, temos o PNA - Plano Nacional de Alfabetização.

O artigo das professoras Suzana Albuquerque (IFG) e Carlota Boto (USP) critica duramente o PNA, pois ele define o processo de alfabetização como uma aquisição de uma mera técnica ao priorizar um único método como o indicado para o ensino, dessa forma, reforçando a batalha das metodologias de qual é a melhor ou não.

Ademais, o artigo relata os trabalhos de dois homens importantes para essa área do conhecimento: Castilho e Jacotot. Esses homens e suas discussões chegaram ao Brasil na época do Império.

Antônio Feliciano de Castilho foi um poeta português do século XIX, o qual priorizava a relação da alfabetização com a palavra falada, por isso propunha a decomposição e composição das palavras por meio da leitura/marcha auricular. Como o ensino da escrita não era o seu objetivo principal, o seu método não foi muito bem aceito quando criado. Logo, Castilho foi o precursor do método fônico de alfabetização, pois focaliza nos sons das palavras.

Já Jacotot era francês e defendia a emancipação do aluno no seu processo de aprendizagem, entendia que o conhecimento pode ser relacionado a todas as coisas (Ensino Universal), por isso, o seu método de alfabetização analisava o texto completo e ia ramificando as sentenças para proporcionar a compreensão. Jacotot foi o precursor do método analítico.

O artigo continua desenvolvendo sobre como esses trabalhos moldaram a perspectiva da alfabetização no Brasil Imperial e relaciona os conhecimentos desses estudiosos com a atual PNA e suas incoerências.

Saber ler e escrever é extremamente necessário para os nossos dias e é um direito inerente à qualquer cidadão! Logo, a alfabetização deve ser discutida e realizada com qualidade, não centrada em metodologias, mas sim nos sujeitos que a usarão para se comunicarem e construírem a sociedade.

Para ler este artigo na íntegra, acesse: https://seer.ufu.br/index.php/che/article/view/58233


Autoria: Graduanda em Pedagogia Lenora Falcão


Referências Bibliográficas:
AZEVEDO, A. L. M. DOS S. IBGE - Educa | Jovens. Disponível em:<https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca--brasil/populacao/18317-educacao.
html>.
 

SOARES, M. Alfaletrar toda criança pode aprender a ler e a escrever. [s.l.] São Paulo, Sp Editora Contexto, 2021.

 
ALBUQUERQUE, S. L. DE; BOTO, C. Sons da alfabetização no Brasil Império: atualidade de Castilho e Jacotot. Cadernos de História da Educação, v. 20, p. e018, 21 nov. 2020.

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