Livros infantis: refletores da riqueza cultural brasileira

Autoras: Lenora Falcão e Madiélia Rodrigues

Discentes do Curso de Pedagogia (IFG - Goiânia Oeste)


Ouvimos nas aulas de História sobre como, há 521 anos, o tal português Pedro Álvares Cabral e toda sua tripulação embarcaram em terras desconhecidas “supondo” ser as Índias, e assim começar o processo de formação da sociedade brasileira, durante as Grandes Navegações.

Entretanto, Portugal não foi o primeiro povo a habitar o nosso país, os nativos - também chamados de indígenas - estavam aqui há muitos anos e consequentemente produziam cultura em suas comunidades; o povo africano também foi de extrema importância para constituição do nosso povo, assim como os imigrantes asiáticos e europeus.

Por isso, o Brasil não pode ser resumido a apenas uma única representação cultural, pois vários povos o formaram, contudo, infelizmente, cruéis abusos foram realizados contra alguns deles como o grande massacre da população nativa nos primeiros anos de colonização e os terríveis anos da escravidão dos negros e seus descendentes - ações que possuem repercussões até os dias atuais em nossa sociedade contemporânea.

No Brasil, há leis que direcionam como a educação deve ser organizada em nosso país, a LDB - Lei das Diretrizes Básicas - é uma delas e discorre, principalmente, sobre os princípios e planejamento da educação em nível nacional. Porém, a Lei 10.639/03 foi promulgada e busca complementar a LDB ao propor um maior estímulo ao ensino da cultura afro-brasileira e africana nas salas de aula.

Nesse sentido, a ideia de ampliar os currículos escolares com atividades promotoras da diversidade cultural, étnica e social de todas as nações formadoras do Brasil é de extrema importância e precisa ser levada a sério e à prática!

 

Mas como podemos fazer isso?

Bem, por que não contando histórias?

Os livros são recursos bastante utilizados e bem presentes nos ambientes escolares, a leitura possui um papel muito relevante no desenvolvimento do ser humano e na sua atuação dentro da sociedade.

Portanto, usar a literatura para ensinar as crianças sobre a diversidade cultural, ao apresentar lendas e histórias de personagens representativos dos povos constituidores do Brasil é uma didática que pode ser adotada no cotidiano educativo.

Assim, essas atitudes bem singelas poderão promover uma maior inclusão cultural e refletirão uma sociedade mais consciente das nossas heranças indígenas, africanas, asiáticas e europeias, ao conhecer e reconhecer nossa mistura tão bela nas páginas dos livros.

 

INDICAÇÃO DE LIVROS


 

As narrativas preferidas de um contador de histórias

Autor: Ilan Breman

Ilustrador: Fernando Vilela

Editora: Landy

 

Esse livro é um conjunto de contos populares de diversas partes do planeta, entre eles africanos, brasileiros, gregos e até das Ilhas Canárias.

Cada um deles apresenta oportunidades de estimular a imaginação e os sentimentos mais incríveis ao público.

Com certeza é uma explosão cultural e proporciona aos leitores momentos muito prazerosos de leitura.

É recomendado para crianças a partir de sete anos de idade.

 

 

Menina bonita do laço de fita

Autora: Ana Maria Machado.

Ilustradora: Rosana Faria.

Editora: Ática.

 

Um clássico da literatura infantil brasileira!

A história singela de um coelho encantado com a beleza de uma linda menina negra que vivia com os cabelos trançados com fitas.

O coelho queria saber o segredo de a menina ser tão pretinha e ao longo da história ele irá descobrir.

Uma narrativa muito leve e bela para todas as idades.

 

O Menino Marrom

Autor: Ziraldo Alves Pinto

Ilustrador: Ziraldo Alves Pinto

Editora: Melhoramentos

 

Ziraldo é advogado, desenhista, cartunista, jornalista, pintor e chargista. Escreveu mais de 130 livros como o ‘Menino Maluquinho’, ‘Um, dois, feijão com arroz’ e ‘O Menino Marrom’, ao qual falaremos a seguir.

O livro foi escrito em 1986, é uma história rápida, divertida, e cheia de reflexões sobre a vida e sabedoria que uma criança pode ter. Então o autor narra a infância de duas crianças distintas em raça e cheias de inocência, eles não veem isso como um empecilho para criarem um grande laço de amizade e aventura.  Então vivenciam muitas descobertas e enchem as pessoas aos redores de perguntar e curiosidades. Os amigos então descobrem diversos grupos étnicos de diferentes colorações. Por fim, este livro nos leva a refletir sobre a questão do preconceito e pensar sobre os caminhos que a vida toma na fase adulta.

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